Top 10 Sitcoms Para Ver Antes de Morrer

Seja para relaxar após um dia cansativo dando boas risadas ou para derreter vendo um beijo daquele casal que demorou sete temporadas para ficar juntos, as sitcoms se consolidaram ao longo dos anos como as favoritas de quem busca uma série de conforto.

A nomenclatura Sitcom vem do prefixo “Sit” que significa situação e do sufixo “Com” que aqui se refere a comédia, isto é: Comédia de situação. Numa sitcom não se supõe grandes acontecimentos, muito drama ou viradas explosivas, a rotina e o dia a dia são a fonte de comédia.

Desde os personagens, que aqui vão ocupar arquétipos clássicos da comédia usados para propiciar mais situações cômicas, até as tramas de cada episódio, cenários específicos ou casais principais, as sitcoms invadiram nossa casa no início dos anos 50 e não saíram mais.

Ao longo das décadas, a sitcom se transformou, evoluiu e se atualizou seus formatos, janelas e público. Pensando nessa evolução histórica, separamos aqui uma lista de sitcoms que talvez tenham passado batido, mas que você precisa ver!

Sem mais delongas:

M.A.S.H (1972-1983)

Criada por Larry Gelbart, baseada no livro de Richard Hooker. Ambientada durante a Guerra da Coreia, M.A.S.H acompanha a equipe médica da 4077ª Unidade Cirúrgica Móvel do Exército dos EUA. Apesar do cenário de guerra, a série combina drama e comédia com muita inteligência, mostrando os absurdos e contradições da vida militar através do olhar cínico e bem-humorado do Capitão Hawkeye Pierce.

Com 11 temporadas e mais de 250 episódios, M.A.S.H se tornou um fenômeno cultural, e seu episódio final foi o mais assistido da história da TV americana até hoje. A série é lembrada por sua sensibilidade, sátira política e pela forma como equilibra humor com críticas sociais. Um verdadeiro clássico que redefine o que uma sitcom pode ser.

Cheers (1982–1993)

“Where everybody knows your name…” É assim que somos recebidos em Cheers, sitcom criada por James Burrows, Glen Charles e Les Charles, que se passa inteiramente dentro de um bar em Boston, comandado pelo ex-jogador de beisebol e eterno galanteador Sam Malone. A série acompanha a rotina dos funcionários e clientes regulares do bar, criando um universo de relações humanas cheio de humor e afeto.

Cheers teve 11 temporadas e lançou personagens icônicos como Frasier Crane (que depois ganharia sua própria série). Foi um sucesso de crítica e público, colecionando prêmios e marcando época com seus diálogos rápidos e relacionamentos cheios de idas e vindas. Um marco para quem ama personagens bem construídos e bons drinques.

Brooklyn 99 (2013–2021)

Jake Peralta é um detetive infantil e talentoso do distrito 99 da polícia de Nova York, e a partir daí já dá pra imaginar o caos. Criada por Michael Schur e Dan Goor, Brooklyn Nine-Nine transforma o ambiente policial em terreno fértil para piadas absurdas, personagens excêntricos e momentos surpreendentemente tocantes, tudo com um ritmo cômico impecável.

A série se destacou por sua diversidade, com personagens LGBTQIA+ e latinos em posições centrais, além de equilibrar humor leve com questões sociais relevantes. Foram 8 temporadas e um fandom apaixonado que fez até a NBC resgatar a série após o cancelamento original. Um conforto moderno e necessário!

Arrested Development (2003–2019)

Criada por Mitchell Hurwitz. A história da família Bluth, um clã milionário falido, disfuncional e completamente insano, é o centro de Arrested Development. Narrada de forma frenética, com piadas internas que se acumulam a cada episódio, a série acompanha Michael Bluth tentando manter a sua caótica família unida, e falhando gloriosamente.

Apesar da baixa audiência inicial, a série virou cult e foi resgatada pela Netflix anos depois, somando 5 temporadas. É conhecida por seu humor metalinguístico, ritmo acelerado e um elenco afiadíssimo, com nomes como Jason Bateman, Will Arnett e Jessica Walter. Não é para todo mundo, mas quem ama, AMA.

Modern Family (2009–2020)

Três famílias interligadas. Uma tradicional, uma reconstituída e uma LGBTQIA+, compõem o coração de Modern Family, uma sitcom, criada por Christopher Lloyd e Steven Levitan, em estilo mockumentary que explora os desafios, alegrias e desastres da vida cotidiana com muito amor e risadas.

Ao longo de suas 11 temporadas, a série se tornou um fenômeno global, ganhou inúmeros prêmios e ajudou a redefinir a representação familiar na televisão. Cam e Mitchell, por exemplo, foram um divisor de águas na representação de casais gays em horário nobre. Com humor visual, situações familiares exageradas e personagens que evoluem com o tempo, Modern Family é uma das sitcoms mais premiadas do século XXI.

New Girl (2011–2018)

Quando Jess, uma professora excêntrica e adorável, descobre a traição do namorado, ela se muda para um loft com três homens desconhecidos, e assim começa a convivência caótica, engraçada e cheia de afeto de New Girl. Criada por Elizabeth Meriwether, a série é centrada nas dinâmicas entre esses amigos improváveis e o quanto suas personalidades tão diferentes acabam criando uma família nada convencional.

Com 7 temporadas, New Girl se tornou um fenômeno cult com um humor leve, mas cheio de momentos absurdos e cativantes. A série alavancou a carreira de Zooey Deschanel e criou personagens memoráveis como Schmidt, Nick, Winston e sua eterna indecisão sobre quem é o “menino mais legal da casa”. Uma comédia sobre crescer (mesmo depois dos 30) e encontrar amor nas esquisitices do dia a dia.

Everybody Hates Chris (2005–2009)

Inspirada na adolescência de Chris Rock e criada por ele em parceria com Ali LeRoi, a série acompanha Chris, um garoto negro crescendo no Brooklyn dos anos 1980, lidando com uma escola predominantemente branca, irmãos infernais e uma mãe que sempre tem razão. Narrada pelo próprio Rock, mistura crítica social com um humor afiadíssimo.

Foram 4 temporadas e um sucesso tremendo fora dos EUA, como no Brasil, onde a série é até hoje celebrada por suas frases icônicas e identificação com o público. Tyler James Williams brilhou como o jovem Chris, mas todo o elenco cômico é afiadíssimo, destaque para Tichina Arnold como Rochelle, um monumento da cultura pop por si só.

One Day at a Time (2017–2020)

Criada por Gloria Calderón Kellett e Mike Royce, baseada na série de 1975 de Norman Lear. Essa versão moderna de One Day at a Time acompanha uma família cubano-americana composta por uma mãe solo, veterana de guerra, seus dois filhos, e a avó vivida pela lendária Rita Moreno. A série retrata com muito carinho os desafios da maternidade, da imigração, da saúde mental e da cultura latina nos EUA, sempre com boas doses de humor e coração.

Apesar de ter sido cancelada pela Netflix e depois salva por outro canal, a série conquistou um público fiel e foi aclamada pela crítica por sua representatividade e profundidade emocional. São só 4 temporadas, mas é daquelas que ficam no peito. O tipo de sitcom que faz você rir, chorar e ligar para a sua avó depois.

That 70's Show (1998–2006)

Bem-vindo a Point Place, Wisconsin, onde um grupo de adolescentes passa os anos 70 tentando entender o amor, os pais, o trabalho, e principalmente, a si mesmos. Criada por Bonnie Turner, Terry Turner e Mark Brazill, That ’70s Show mistura o charme retrô com um humor ácido e carismático, acompanhando Eric, Donna, Kelso, Jackie, Hyde e Fez em seus encontros no porão ou nas ruas de Point Place.

A série teve 8 temporadas e conquistou uma legião de fãs, especialmente nos anos 2000. Revelou nomes como Ashton Kutcher, Mila Kunis e Topher Grace, e criou bordões inesquecíveis. Apesar de um final polêmico, é difícil não se apegar a esses jovens malucos e a trilha sonora impecável da série!

Abbott Elementary (2021–presente)

Ambientada em uma escola pública da Filadélfia, Abbott Elementary acompanha um grupo de professores tentando fazer o melhor com o mínimo de recursos, enfrentando burocracia, caos escolar e as próprias inseguranças. Criada por Quinta Brunson, com um estilo mockumentary à la The Office, a série equilibra crítica social com personagens adoráveis e situações hilárias do cotidiano escolar.

A série foi um sucesso imediato, ganhando o Emmy de Melhor Roteiro de Comédia e colocando Quinta Brunson no centro da nova comédia americana. A representatividade negra é tratada com inteligência e cuidado, e o humor nunca sacrifica a empatia. Um retrato generoso e engraçado da educação pública americana e um dos maiores acertos da comédia contemporânea.

No fim das contas, toda sitcom é, no fundo, uma tentativa de capturar o caos do cotidiano com um pouco mais de graça. Elas nos acompanham nas refeições, nos dias difíceis, nos domingos preguiçosos. Criam um senso de familiaridade, como se os personagens fossem nossos amigos, vizinhos, ou colegas de quarto que sempre deixam a porta entreaberta para a próxima piada.

E se algumas delas parecem envelhecer, outras continuam a nos fazer rir como se fosse a primeira vez. Cada uma dessas 10 séries deixou sua marca, seja revolucionando formatos, abraçando a diversidade, ou simplesmente nos lembrando que rir ainda é uma das melhores maneiras de existir.

Então, se a vida estiver difícil, o mundo muito sério ou o coração precisando de um abracinho, você já sabe: abre aquele streaming, escolhe uma da lista e se deixa levar. Porque, sim, a gente vai morrer um dia. Mas rir antes disso... é essencial.

E você? Qual sua sitcom favorita? Conta para a gente nos comentários!

Até a próxima!