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Análise de F1, o filme: muita ação, emoção e reflexão... e mais ação!

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No artigo de hoje, analisamos o impacto da atuação, os bastidores reais das filmagens do filme F1, além do que faz essa história funcionar (mesmo com seus clichês)!

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revisado por Tabata Marques

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Lançado em junho de 2025, F1 é uma superprodução dirigida por Joseph Kosinski (de Top Gun: Maverick) e estrelada por Brad Pitt no papel do veterano piloto Sonny Hayes. O filme foi gravado ao longo de várias etapas reais do calendário da Fórmula 1 de 2023, com cenas captadas diretamente nos paddocks, garagens e circuitos, utilizando câmeras IMAX instaladas em carros reais. A proposta era ousada: misturar ficção com o cenário autêntico do esporte mais veloz do mundo.

Para os fãs da categoria, há um bônus especial. Max Verstappen, Charles Leclerc, Lewis Hamilton (que também atua como produtor) e todos os outros pilotos da temporada de 2023 aparecem em participações que ajudam a construir uma atmosfera crível e eletrizante. Chefes de equipe, engenheiros, comissários e até jornalistas do paddock surgem em tela, flertando com a fronteira entre o cinema e a realidade esportiva.

Sinopse do filme F1

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Em F1, um piloto veterano de Fórmula 1 volta da aposentadoria para ser o mentor de seu jovem colega de equipe. No filme produzido pelo heptacampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton, depois de abandonar as pistas, o lendário piloto Sonny Hayes (Brad Pitt) é convencido a voltar a correr para apoiar Joshua Pearce (Damson Idris), o jovem novato da escuderia fictícia ApexGP.

Disposto a todos os riscos, Sonny monta uma estratégia para fazer a equipe se tornar vitoriosa, para isso ele precisará do apoio da comissão técnica e de pessoas influentes do esporte, mostrando que a corrida vai muito além das curvas dos autódromos.

O longa conta com a participação dos pilotos reais da F1 e foi gravado durante as corridas do GP da Inglaterra.

Confira o trailer oficial abaixo:

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Dados da Crítica

Pontos Positivos

Time elogia a combinação entre direção de Joseph Kosinski e a atuação de Brad Pitt, afirmando que o filme “mistura profundidade emocional com sequências de corrida emocionantes filmadas em eventos reais de F1”. Dizem que é uma obra “perfeitamente adequada para Brad Pitt”.

– Segundo Pitchfork/The Pitch, o diretor usa com maestria seu estilo visual dinâmico, criando uma experiência acessível até para quem não é fã de corridas: "F1 alterna entre ação IMAX e momentos íntimos”, apesar de narrativas clichês".

– O Time Out deu quatro estrelas, chamando o filme de “triunfo full‑throttle”: “espetáculo audiovisual” com a química entre Pitt e Idris e ritmo envolvente, mesmo com clichês .

– No Filmfare, destacam a autenticidade trazida por Lewis Hamilton como produtor e a energia dos personagens: “cinematografia de Claudio Miranda é mágica” e “estratégias caóticas de Sonny Hayes criam momentos de tensão”.

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Pontos Negativos

The Times (UK) classificou como “o filme esportivo mais cafona e idiota até hoje”, afirmando que é “um grande comercial de F1 com pouca profundidade narrativa”, marcado por estereótipos e diálogos fracos.

The Independent considerou que F1 é uma versão vazia de Top Gun: Maverick, com personagem principal arrogante e roteiro previsível, e que falha ao capturar a complexidade do esporte real.

Khaleej Times comentou que o filme é “rápido e cinematográfico, mas o roteiro é desajeitado, com excesso de logotipos e sinopse previsível” .

South China Morning Post falou em “drama clichê” e afirmou que, embora visualmente deslumbrante, peca pelo excesso de tropos do gênero esportivo.

Autocar India apontou que “o roteiro é previsível e os personagens são rasos”, especialmente dado o envolvimento direto da F1 na produção.

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Análise Pessoal

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F1 é um filme de ação com temática automobilística que se apoia fortemente no espetáculo, sem a pretensão de ser um retrato fiel da Fórmula 1 real. Não é baseado em fatos, não segue o rigor técnico das competições e, convenhamos, seria difícil acreditar que um piloto da idade de Brad Pitt, por mais carismático que seja, poderia competir de igual para igual com os jovens da categoria em plena forma física.

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A proposta aqui é outra: criar uma experiência cinematográfica envolvente, com corridas eletrizantes e um protagonista que segura o público pela presença em cena.

Apesar de toda a ambientação cuidadosamente construída, com participações reais de pilotos como Max Verstappen, Charles Leclerc e do próprio Lewis Hamilton , F1 é, acima de tudo, sobre Sonny Hayes. Brad Pitt, mesmo após décadas de carreira, ainda carrega um magnetismo raro em Hollywood. Sua interpretação traz a carga emocional certa para um personagem que vive entre o legado do passado e a adrenalina de mais uma chance nas pistas.

É verdade que o filme se apoia em clichês... o piloto veterano, o novato impulsivo, o retorno improvável, os discursos motivacionais. Mas esse não é um problema exclusivo de F1. A maioria dos filmes de ação depende dessas fórmulas, e o que diferencia um bom exemplar do gênero é como ele usa esses elementos a seu favor. Aqui, eles parecem funcionar. O roteiro pode não surpreender em estrutura, mas entrega cenas bem construídas, personagens carismáticos e ritmo eficiente.

Um dos aspectos mais bem executados é a tensão crescente nas corridas finais. Em vários momentos, o espectador se pega questionando: será que Sonny vai sobreviver? Será que esse é o fim? A maneira como o filme brinca com essa dúvida é eficaz, e mesmo sabendo que estamos diante de uma narrativa cinematográfica, o nosso envolvimento emocional como espectadores é real.

Análise sobre o final de F1, o filme

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No final do filme, Sonny acaba se afastando da F1 novamente, mesmo tendo superado seus traumas e se reaproximado de sua paixão pela F1. Ele se despede e vai embora, deixando uma dúvida para a gente: por quê?

Após isso, vemos ele indo participar de uma corrida de carros enormes no deserto, com seu sorriso largo e negociação malandra.

Ele parece feliz, parece estar aproveitando. Mas se ele ficava buscando pilotar para sentir novamente aquela "sensação", aquela que sentiu durante a corrida nos momentos finais... Por que ele foi embora?

Bom, talvez isso seja uma reflexão para nós sobre testar novas experiências e aproveitar o momentos. Talvez participar de diferentes tipos de corrida seja o que motiva Sonny a continuar vivo. Na verdade, em certo momento do filme, ele deixa claro que não buscava mais status ou reconhecimento, que o que o movia era o prazer de correr por si só.

Talvez ele se sinta preso estando num lugar só, correndo dia após dia pela mesma empresa, com a mesma equipe. Talvez ele tenha se acostumado a estar sozinho e procure nessa solidão e novas experiências algo que ainda não encontrou (ou até mesmo, de certa forma, a companhia de seu irmão).

Provavelmente ele percebeu que a F1 nunca definiu quem ele é, e agora que superou esses medos do passado, ele pode seguir em frente com ainda mais liberdade.

Conclusão: Vale a Pena Assistir F1?

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F1 entrega uma experiência cinematográfica visualmente impactante e envolvente, especialmente recomendada para fãs e público casual em busca de adrenalina.

Talvez não seja a obra favorita dos que esperam profundidade emocional ou fidelidade rigorosa ao mundo real da Fórmula 1, mas o filme entrega ação e emoção!

Bem, vou ficando por aqui. Espero que você tenha gostado de F1 tanto quanto eu!

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