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Sandman da Netlifx: 5 Erros e 5 Acertos até agora!

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Separamos alguns erros e acertos da adaptação das HQ's de Sandman. No geral, a série mantém a essência da obra de Neil Gaiman, com algumas nuances que estudamos para falar sobre!

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Sobre The Sandman da Netflix

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The Sandman é uma série norte-americana que estreou sua primeira temporada em 2022 na Netflix. A primeira parte de sua segunda e última temporada estreou em 3 de julho de 2025, a segunda parte estreia em 24 de Julho de 2025.

Produzida e escrita por Neil Gaiman, David S. Goyer e Allan Heinberg. Baseada na série de histórias em quadrinhos homônima de Neil Gaiman, publicada pela DC Comics.

Estrelada por Tom Sturridge como Sonho (Dream / Morpheus), Kirby Howell-Baptiste como Morte (Death), Mason Alexander Park como Desejo (Desire), Donna Preston como Desespero (Despair), Adrian Lester como Destino (Destiny), Barry Sloane como Destruição (Destruction) e Esme Creed-Miles como Delírio (Delirium) e Gwendoline Christie como Lúcifer.

A série foi bem adaptada, mas tem gerado bastante discussão entre críticos e fãs, com pontos positivos e negativos que iremos explorar.

5 Acertos em The Sandman até agora

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Fidelidade ao Material Original

A série se mantém incrivelmente fiel à essência e à narrativa dos quadrinhos. Com a participação direta de Neil Gaiman na produção, a adaptação conseguiu capturar com maestria o tom, os temas e a atmosfera da obra original, aliviando a preocupação de muitos fãs e garantindo uma experiência autêntica e imersiva tanto para os leitores de longa data quanto para os novos espectadores.

O resultado é uma obra que não apenas honra o material fonte, mas também se destaca por sua qualidade visual e profundidade narrativa.

Visual Deslumbrante

Os efeitos visuais e o design de produção são incríveis, elevando a experiência a um novo patamar. O Reino dos Sonhos, o Inferno e outros reinos são retratados com grande detalhe e criatividade, utilizando CGI para dar vida a cenários que antes pareciam impossíveis de serem adaptados para a tela.

Essa excelência técnica não só encanta os olhos, mas também contribui imensamente para a imersão do público nos complexos e variados mundos de Sandman, demonstrando um compromisso em honrar a grandiosidade visual da obra original.

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Elenco e Atuações

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A escolha do elenco e as performances foram um grande acerto, um pilar fundamental para o sucesso da adaptação. Tom Sturridge como Morpheus/Sonho é um destaque absoluto, conseguindo transmitir com maestria a melancolia, a gravidade e a complexa evolução do personagem ao longo da trama.

Além dele, Kirby Howell-Baptiste como Morte, Gwendoline Christie como Lúcifer e Boyd Holbrook como o Coríntio entregam interpretações igualmente cativantes e fiéis aos personagens, tornando a imersão no vasto e intrincado universo de Sandman ainda mais profunda e impactante.

A química entre os atores e a forma como dão vida a essas figuras icônicas contribuem significativamente para a autenticidade e o apelo emocional da série.

Adaptações Inteligentes

A série mostrou adaptações inteligentes para o formato televisivo, crucial para a fluidez da narrativa. Um exemplo notável é o papel ampliado de Lucienne (Lucien nos quadrinhos), que se tornou uma espécie de "narradora" e confidente de Sonho, fornecendo contexto e profundidade.

Além disso, a introdução mais cedo do Coríntio na trama ajudou a estabelecer um fio condutor mais direto e um antagonista presente para a primeira temporada.

Essas escolhas estratégicas não apenas agilizaram o ritmo da história, mas também enriqueceram a jornada dos personagens, tornando a adaptação mais acessível para o público que talvez não conheça os quadrinhos a fundo.

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Exploração de Temas Complexos

A série manteve, assim como nos quadrinhos, temas filosóficos profundos como propósito, destino, humanidade, luto e a natureza dos sonhos, de forma provocativa e instigante. Essa fidelidade à essência intelectual da obra original é um dos seus maiores trunfos, convidando o espectador a refletir sobre questões existenciais complexas e a se conectar com a narrativa em um nível mais profundo.

Ao abordar esses temas com sensibilidade e inteligência, a série não apenas entretém, mas também enriquece a experiência do público, oferecendo uma jornada que vai além do visual e mergulha nas camadas mais íntimas da psique humana.

5 Erros em The Sandman

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Ritmo Inconsistente

O ritmo da série, especialmente na primeira temporada, pode ser inconstante. A estrutura antológica dos quadrinhos, com seus arcos narrativos distintos, por vezes se traduz em uma sensação de fragmentação ou de que a trama principal demora a deslanchar.

Isso pode causar um certo desconforto ao acompanhar os acontecimentos, já que a alternância entre histórias mais independentes e o arco central pode quebrar a imersão e a expectativa de um desenvolvimento linear, o que é comum em produções televisivas.

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Para alguns espectadores, essa característica pode exigir um pouco mais de paciência para que a narrativa ganhe sua força total e envolva completamente.

Falta de Tensão em Alguns Momentos

Apesar dos grandes efeitos visuais e das apostas elevadas da narrativa, a tensão nem sempre é tão palpável quanto poderia ser. Isso se torna particularmente evidente em alguns momentos, como nas aparições de Johanna Constantine (Jenna Coleman).

Sendo uma adaptação do icônico John Constantine dos quadrinhos, havia uma expectativa por mais ação e momentos sombrios em sua participação na história.

No entanto, a série opta por uma abordagem que, por vezes, não explora todo o potencial de perigo e o senso de urgência que esses personagens e situações poderiam oferecer, deixando um desejo por um impacto mais visceral e imersivo.

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Certas Tramas Menos Desenvolvidas

Em uma obra tão vasta e rica como Sandman, é natural que nem todos os elementos dos quadrinhos possam ser explorados com a mesma profundidade na adaptação televisiva. No entanto, algumas subtramas e personagens poderiam ter tido mais tempo de tela ou desenvolvimento para enriquecer ainda mais a narrativa.

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Um exemplo notável é Gilbert (Stephen Fry), um personagem incrivelmente interessante que, apesar de sua importância, poderia ter sido muito melhor explorado. O formato televisivo, com sua capacidade de aprofundar arcos e dar espaço a personagens secundários, permitiria muito bem isso.

Mais tempo dedicado a Gilbert não só teria intensificado a narrativa, mas também teria proporcionado uma conexão mais profunda com o público, explorando nuances de sua história e seu papel no Reino dos Sonhos, algo que os fãs dos quadrinhos certamente apreciariam e que enriqueceria a experiência para novos espectadores.

Divisão da Segunda Temporada

A decisão da Netflix de dividir a segunda temporada em duas partes, embora seja uma jogada de marketing muito usada, revela-se um ponto negativo significativo. Essa estratégia, infelizmente, afeta negativamente o fluxo narrativo da história, a continuidade dos fatos e, consequentemente, a experiência imersiva do espectador.

Interromper a narrativa no meio não apenas quebra o ritmo cuidadosamente construído, mas também pode diluir o impacto emocional dos acontecimentos e a conexão do público com os personagens. Em uma série com a profundidade e a complexidade de Sandman, onde cada detalhe e arco narrativo são cruciais, essa fragmentação pode diminuir a coesão da trama e a intensidade da jornada, deixando o público em um limbo de espera que pode esfriar o engajamento.

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Adaptações Rasas

A adaptação de Wanda (Indya Moore) na série foi, para muitos fãs dos quadrinhos, extremamente rasa e frustrante. A história de Wanda nas HQs é profundamente comovente, abordando temas complexos de identidade, aceitação, amizade e luto com uma sensibilidade notável. Ela desempenha um papel crucial no desenvolvimento do arco de Barbie e sua jornada pelo Sonhar, servindo como um pilar de apoio e lealdade, cuja trama pessoal se entrelaça de forma significativa com o universo de Sandman.

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No entanto, na adaptação, Wanda foi reduzida a uma simples coadjuvante ajudando Sonho e Delírio, o que em nada fez jus à profundidade e importância de sua personagem original.

Essa superficialidade na representação não recai sobre a atriz, que entregou o que lhe foi pedido, mas sim na responsabilidade dos roteiristas e diretores por não explorarem a riqueza de sua história e seu impacto emocional.

Para os fãs, a omissão de elementos tão essenciais de sua jornada representou uma perda considerável, diminuindo o potencial de uma narrativa que poderia ter sido ainda mais poderosa e inclusiva.

Conclusão

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Sandman é uma adaptação bem-sucedida e visualmente impressionante, que conseguiu capturar o espírito da obra original de Neil Gaiman. Seus maiores acertos são a fidelidade aos quadrinhos, nas atuações de destaque e na ambição visual, enquanto os principais pontos de crítica são sobre o ritmo e certas escolhas de adaptação que deixaram à desejar.

Tanto para os fãs dos quadrinhos e de Neil Gaiman, quanto para os espectadores que não conhecem suas obras, The Sandman é uma série incrível, com efeitos de encher os olhos e personagens muito interessantes.

Concorda com estes erros e acertos? Tem mais alguns a acrescentar? Compartilha aqui comigo e até a próxima!

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