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10 Trailers que Foram Melhores que o Próprio Filme

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O trailer é uma promessa. Um convite sedutor para um filme que ainda não vimos, embalado em dois minutos de trilha épica, cortes milimétricos e frases de efeito. Às vezes, é pura magia, e às vezes, é pura ilusão.

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Nesta lista, revisitamos dez casos emblemáticos em que o trailer prometeu o céu e o filme entregou… um pouso forçado. Entre hypes traídos, montagens enganosas e edições que pareciam obras de arte, relembramos quando a propaganda foi melhor do que o produto.:

Lista de Trailers

Suicide Squad (2016)

Dirigido por David Ayer e estrelado por Margot Robbie, Will Smith e Jared Leto, Suicide Squad parecia ser o respiro cool do universo DC. O trailer, embalado por Bohemian Rhapsody, vendia uma mistura perfeita de anarquia, cor e humor sombrio.

Mas quando o filme chegou aos cinemas, a empolgação virou confusão. O ritmo do trailer foi mantido, mas em looping caótico. O resultado foi uma colagem sem coerência, com vilões mal aproveitados e cortes que pareciam feitos por três estúdios diferentes.

Prometheus (2012)

Ridley Scott prometeu o retorno triunfal ao universo Alien. O trailer de Prometheus era uma obra de arte: imagens enigmáticas, som crescente e o eco angustiante do terror cósmico que fez história em 1979.

Mas o que veio foi um híbrido indeciso entre filosofia e ficção científica. Repleto de ideias grandiosas, o filme trocou o medo pelo PowerPoint metafísico. A prévia parecia o renascimento do horror existencial. O longa, um TED Talk sobre criação.

The Village (2004)

Com M. Night Shyamalan no auge, o trailer de The Village vendia um terror rural cheio de criaturas e suspense sufocante. A fotografia de Roger Deakins e o clima misterioso criaram um dos teasers mais hipnóticos do início dos 2000.

O público esperava monstros, mas encontrou uma alegoria sobre medo e isolamento. A reviravolta final transformou o horror em metáfora sociológica, dividindo fãs e críticos. O trailer prometia gritos; o filme entregou parábolas.

Sucker Punch (2011)

Dirigido por Zack Snyder e roteirizado por Steve Shibuya, Sucker Punch parecia o ápice do visual estilizado: garotas em uniformes, samurais robôs e dragões, tudo embalado por Sweet Dreams. O trailer era puro clipe de fantasia pop.

No cinema, a estética virou ruído. A narrativa desabou sob camadas de sonho, metáfora e auto-seriedade. O trailer prometia empoderamento e espetáculo; o filme entregou confusão visual e um discurso que se perdeu entre fetiche e filosofia.

Man of Steel (2013)

Ainda na direção de Zack Snyder e roteiro de David S. Goyer, Man of Steel parecia ser o Superman que o mundo moderno precisava. O trailer, narrado por Kevin Costner, tinha alma, poesia e imagens arrepiantes de um mito em reconstrução.

Mas a emoção sumiu na execução. O filme trocou contemplação por destruição, e o herói virou um símbolo de concreto e barulho. O trailer vendia humanidade; o longa entregou apocalipse.

Pearl Harbor (2001)

Michael Bay, Jerry Bruckheimer e a Disney uniram forças para contar a tragédia de Pearl Harbor. O trailer prometia um épico à altura de Titanic, com Ben Affleck e Kate Beckinsale em um drama histórico arrebatador.

Na tela, o romance engoliu a guerra. As cenas de ação impressionavam, mas o melodrama diluiu qualquer emoção real. Um triângulo amoroso quase sem química. O trailer fazia chorar; o filme fazia olhar o relógio.

The Dark Tower (2017)

Baseado na saga de Stephen King, o trailer de The Dark Tower parecia um sonho nerd realizado. Idris Elba de pistoleiro, Matthew McConaughey como vilão, frases enigmáticas e uma trilha de arrepiar.

O resultado foi um pesadelo de montagem apressada e roteiro mutilado. O trailer prometia um universo; o filme entregou um resumo de duas horas. Até King admitiu: “Não foi exatamente o que eu esperava.”

Don’t Worry Darling (2022)

Olivia Wilde comandou um elenco como grandes estrelas: Florence Pugh, Harry Styles e Chris Pine, e criou expectativas em um thriller que parecia misturar Stepford Wives e Black Mirror. O trailer era puro fascínio: estética retrô, tensão crescente e mistério psicológico.

O filme, porém, virou manchete mais pelos bastidores do que pela história. Brigas no set, fofocas de tapete vermelho e um roteiro irregular apagaram a promessa de um dos trailers mais sedutores da década.

Madame Web (2024)

Dirigido por S.J. Clarkson e estrelado por Dakota Johnson, o trailer de Madame Web vendia uma heroína mística em um thriller sobrenatural. Cenas aceleradas, frases proféticas e um tom quase noir pareciam indicar algo diferente dentro da Marvel.

Mas o filme mostrou o contrário: diálogos involuntariamente cômicos, efeitos antiquados e uma trama que ninguém conseguiu resumir sem rir. O trailer parecia um recomeço; o filme virou piada viral.

Jupiter Ascending (2015)

Lana e Lilly Wachowski voltaram após Matrix com um trailer de tirar o fôlego: universos flutuantes, naves douradas e Channing Tatum de botas antigravitacionais. Parecia uma ópera espacial entre Star Wars e Duna.

Na prática, era um conto de fadas intergaláctico perdido em excesso. Diálogos risíveis e trama confusa transformaram a beleza visual em puro caos. O trailer foi uma promessa; o filme, um lembrete de que nem tudo que brilha é sci-fi.

Conclusões

Trailers são o amor à primeira vista do cinema! Intensos, breves e, às vezes, ilusórios. Eles prometem mundos, mas o que recebemos é, muitas vezes, a realidade da pós-produção.

Entre hypes, decepções e memes, esses dez filmes provam que o marketing é, sim, uma forma de arte.

E talvez o trailer perfeito seja aquele que nunca precisa de um bom filme pra se justificar.